Olá Amigos,Quando vi aquele dois gatinhos na caixa de papelão, percebi que estavam em péssimo estado: magros, desidratados, muito sujos e assustados.
Contei no relógio, eles ficaram dez minutos bebendo água.
A fêmea estava com uma diarréia horrível e toda suja.
O macho, muito assustado e todo sujo por ficar abraçado à irmã. Ele tinha também um comportamento estranho. Só depois de observar melhor, percebi que ele era completamente cego.
Num primeiro momento, me lembrei das histórias que contam sobre as maldades praticadas com gatos pretos e fiquei sem reação.
Sabe aquela história que você pensa que nunca vai acontecer com você e que faz parte de uma realidade muito distante?
No dia seguinte, já menos abalada, levei o gatinho a uma veterinária especialista em oftalmo que o examinou com muito cuidado.
Ela disse que ele realmente tinha as duas córneas perfuradas, mas que não dá para se ter certeza se isto ocorreu por doença ou por maldade.
Como ele é um gatinho muito tranquilo e que adora colo e carinho (ele ronrona até quando estamos limpando seus olhinhos), não estranha pessoas ou outros gatos, fico imaginando que ele teve uma doença nos olhos que não foi tratada e que ocasionou a perda de sua visão.
Prefiro acreditar, como disse Chico Buarque que: "no tempo da maldade, acho que a gente nem tinha nascido".
O gatinho é também muito esperto: em 2 dias já se vira sozinho. Sabe exatamente onde fica a comida, a caixa de areia e corre para porta quando ouve meus passos descendo a escada.
Hoje até me emocionei quando o vi tentando brincar com uma bolinha de pano.
Os gatinhos têm 1 mês e meio de idade e já comem ração. Eles são muito apegados um ao outro e eu gostaria que fossem doados juntos. Mas, se precisar separá-los também acho que será possível, pois eles ficarão mais seguros depois que passar o trauma do abandono.
Ambos são pretinhos e a menina tem olhos verdes.
Peço aos amigos que me ajudem a divulgá-los pois precisamos encontrar um lar maravilhoso e seguro para estes bebês tão sofridos.
Vejam a foto.
Obrigada e um abraço
Maria Augusta Toledo
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